segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Vodafone Mexefest

E chegaram ao fim os festivais de 2014 :(

Dia 28, comecei a noite com os Old Yellow Jack e foi uma agradável surpresa.
Um grupo de 4 miúdos com notório gosto por rock. Embora a qualidade do som estivesse fraca, com a voz a ouvir-se muito ao de leve e ao de longe conseguiram dar um concerto cheio de garra e energia. Formaram-se em 2011 e lançam o 1º EP no início de 2015.

De seguida fui visitar as madrilenas Deers. Confesso que estava com  expectativas altas em relação a elas. Esperava mais força, mais punk rock e menos histerismo e euforia. Tiveram um início de concerto bastante fraco, as vozes mal se ouviam, o som não tinha poder.. Foram subindo a força ao longo do tempo e tornou-se um concerto agradável, mas longe de ser espectacular.

Os Tune-Yards eram a seguir no horário. Foi um concerto que desde cedo pensei em ver mas sem grande fé de que fosse gostar. Trocaram-me as voltas todas! A percussão faz toda a diferença. Os ritmos dançáveis, meio africanos juntamente com os graves saídos daquelas bocas mágicas fizeram com que não me arrependesse de la ter ido e deixaram o Coliseu a abanar o rabo com um sorriso nos lábios. Muito poder este grupo, muito poder.

Seguiu-se a banda que mais gostei de ver no festival - King Gizzard and the Lizzard Wizard.
À medida que os fui ouvindo em casa, fui ganhando certezas de que não os queria perder. Pois é, estes meninos revelaram-se simplesmente fantásticos. Ao vivo são 50x melhores que em estúdio e decidiram entrar a rasgar, com uma malha de guitarradas e um som super potente, forte, consistente e com muita qualidade, acompanhado por uma excelente postura em palco.
Espero ansiosamente poder vê-los em breve e durante muito mais tempo.

Para terminar a noite veio a diva. Embora não tenha apreciado muito o último álbum, devido ao excessivo teor electrónico, em palco resultou lindamente. St. Vincent deu um concerto fabuloso, entre dicas meio poéticas, meio loucas, entre andar a desfilar e fazer-se deslizar por pequenos degraus que estavam em cima do palco, cantou e encantou como só ela sabe fazer. Dona de uma voz extremamente poderosa, Annie deu um concerto genial onde apresentou quase o último disco todo.

O dia 29 começou novamente com rock feito em Portugal. Os Savanna são novos no campo musical e deliciaram quem se deslocou ao São Jorge. Puro rock feito com muita energia e garra, letras poéticas e som limpo.

Entretanto desci a rua para apreciar o Sr Curtis Harding num pano de fundo dos melhores do festival.
Este Sr trouxe ritmos de soul e de  blues com uma guitarrada rock à mistura, deu para mexer os pés e para variar nas sonoridades. Tem uma boa postura.

O Coliseu abriu a noite com Sharon Van Etten, este concerto confirmou a minha ideia de que seria preferível um concerto intimista numa sala mais pequena com cadeiras. A simplicidade da sua música encanta e embala.. A simpatia também conquistou o público. Apresentou o álbum que saiu este ano e ainda tocou umas coisas novas.

Chega a hora da desilusão.. Os Sensible Soccers são uma banda que andava à rasca para ver e após um par de músicas o som vai a vida.. :(  e fico-me por aqui.

Seguem-se os grandes Palma Violets, que têm uma entrada em palco muito parecida a King Gizzard, rock apunkalhado puro, entram a rasgar e assim se mantiveram.. Já precisava duma malha daquelas naquela altura da noite. Ganharam o 2º lugar do festival :)

Para terminar em grande vieram os Wild Beasts. donos de uma voz única que encaixa na perfeição com o estilo de música. Este concerto foi muito emotivo e cheio de sensações boas. Eles sabem o que fazem e garanto que foi muito melhor que no RIR este ano.

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