sexta-feira, 27 de março de 2015

Linda Martini - MusicBox

Em comemoração dos 10 anos do lançamento do primeiro trabalho - EP Linda Martini - os Linda Martini fazem 3 concertos em dias seguidos no MusicBox, sendo o 1º para tocar os 2 primeiros EP's, o 2º para tocar o álbum Olhos de Mongol e o 3º, o álbum Casa Ocupada.

Ontem foi o primeiro dia e o concerto não poderia ter corrido melhor.
Defronte para uma sala esgotada, transportaram o público para o passado e encheram a alma de todas (suponho) as pessoas presentes.
Um concerto cheio de magia e emoções, onde se ouviam vozes em coro a acompanhar as músicas.
Tocaram os EP's Linda Martini e Marsupial do princípio ao fim e, no encore tivemos direito a 3 músicas do último álbum - Turbo Lento e à cover de "Adeus Tristeza" do Fernando Tordo.
De realçar a maturidade musical que alcançaram. A pureza instrumental, o jogo de guitarras, o baixo subtil mas cheio de garra e a bateria com uma força única, trazem-nos um rock limpo e cru, digno de uma grande vénia.
Não tirando o valor aos restantes membros, denoto o excelente trabalho do baterista - Hélio Morais, que contribuiu em grande escala para o headbanging existente na plateia.

Parabéns Linda Martini! Obrigada por contribuirem tão grandiosamente para o rock português.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Savanna - Dreams To Be Awake

Foi no final de Novembro de 2014 que os conheci.
Tocavam cedo no São Jorge (Mexefest) e apenas sabia que eram portugueses. Eram novos e tinham um som rock meio psicadélico, com guitarras melódicas e voz distorcida. Vinham cheios de força e garra e maravilharam os espectadores.
No passado dia 2 de Março lançaram o seu primeiro trabalho - Dreams To Be Awake.
Como o próprio nome indica, este álbum está repleto de faixas que nos transportam para o sonho.
As 12 faixas que o compõem estão carregadas de transcendências que remetem aos anos 70.
Misturam o dream pop, com o rock progressivo e o rock psicadélico. O resultado é uma viagem repleta de consolação auditiva e a necessidade de ouvir em repeat até cansar, se isso acontecer.

Os Savanna são o Miguel Vilhena, Tiago Vilhena, Pedro Castilho e Diogo Sousa e apareceram em 2014. Para além do álbum, têm 3 Singles.

Venham concertos e mais trabalhos.

Podem ouvir o álbum completo e fazer download aqui:

http://nosdiscos.pt/discos/destaques/dreams-to-be-awake


terça-feira, 17 de março de 2015

Panda Bear - Teatro Maria Matos

Na passada Quarta - Feira foi dia de Panda Bear.
As pessoas amontoavam-se no largo do Teatro. Lá dentro já 2 filas compostas por ansiedade.
Ao entrar, viam-se avisos no balcão da recepção alertando para o facto de o concerto conter Luzes Strobe e funcionárias entregavam um desdobrável com uma pequena biografia do artista.
Noah teve apenas dois contactos com o público, no inicio para saudar e no final para agradecer. Manteve-se com uma postura distante e introvertida, algo habitual nele. No entanto nada disto foi entrave à sua dedicação, tocando com muita alma, tentando afastar-se do mundo real durante aproximadamente 75 min, onde fez apenas uma pausa para o encore.
A mistura de sons da natureza com a electrónica e sua voz distorcida levaram a plateia para um mundo transcendente.
O exagero de luzes strobe, que tocavam o público constantemente e o obrigaram a fechar os olhos ou a colocar óculos escuros, poderá ter sido propositado para facilitar a transição para o "outro mundo".
As imagens que iam pintando as músicas na parede atrás de si retravavam paisagens pouco vulgares e seres não humanos.
Uma noite de mistério, magia e experimentalismo.

terça-feira, 10 de março de 2015

Sweet Smoke

Foi na floresta encantada que conheci estes senhores. E embora seja um nome de um programa, a música deles remete-nos mesmo para uma floresta completamente encantada.
Os Sweet Smoke apareceram no auge da época hippie, em Brooklyn em 1967 e mudaram-se para a Alemanha em 1969 onde permaneceram até ao termo da banda, em 1974.
Nos sete anos de existência criaram 2 álbuns de originais, 1 ao vivo e 5 EP's/Singles.
No primeiro álbum, Just a Poke, a banda era constituída por 5 membros. Este álbum é maioritariamente instrumental e é composto por 2 músicas. A fusão do jazz com o rock progressivo mescla-se com uma viagem espiritual que nos reporta imediatamente ao tempo vivido naquela década. Os sons da natureza, o toque suave dos instrumentos de sopro, a guitarra rítmica transformam este álbum numa autêntica e sublime transcendência.
O segundo álbum, From Darkness to Light, foi feito com mais 2 membros. Aqui já a voz assume mais importância, estando presente em todas as 6 músicas. Mais uma viagem, desta vez juntando à fusão jazz/rock progressivo o psicadelismo. Introduzem vozes secundárias de coros de tribos e dão mais ênfase à flauta, às guitarras e à percussão.
Embora os dois álbuns sejam dignos de uma vénia, identifico-me mais com este último.

Just a Poke:



From Darkness to Light: