terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Bass Drum of Death

Para terminar o ano em boa companhia sonora, trago uma banda do Mississippi - Bass Drum of Death.
Até 2008, o fundador, John Barrett compunha sozinho, tocava baixo, guitarra e bateria.. A partir desta data juntou-se a mais 2 elementos e formaram os Bass Drum.
Contam já 2 EP's e 3 álbuns, sendo que o último foi editado este ano - Rip This.
O estilo tem uma mistura de rock de garagem com indie rock. A voz encaixa perfeitamente no rock de garagem e até pode arranhar um pouco o punk. A bateria é bem notada e ritmada. O som é solido e, apesar do estilo, é limpo.

Aqui estão eles:




segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Melhor música de 2014

Com tantos álbuns deliciosos e tanta coisa boa a aparecer este ano, torna-se difícil esta escolha.
No entanto, quando pensei qual poderia ser a possível melhor música de 2014, rapidamente me veio uma música ao ouvido e cá ficou até eu dizer: com toda a certeza!
É de um grupo português e chama-se AFG.

Só conheci estes rapazes no corrente ano e conheci-os da melhor maneira, com o álbum 8 que, na minha opinião, está simplesmente extraordinário.
Infelizmente, não vi um bom concerto deles no Mexefest, mas isso não me impede de manter a a boa imagem que tenho da música deles e de considerar que têm um dos melhores álbuns de 2014.

A AFG tem de "ganhar" este lugar. Tem de o ganhar porque é uma música que para além de estar extremamente bem estruturada e composta traz-me todo o tipo de sensações possíveis. Tanto boas como más. Tanto tristes como alegres. Quando uma música consegue isto só pode estar mesmo muito boa!
Eu nunca sou de ligar muito a músicas só instrumentais, mas aqui encontro cerca de 10 minutos de puro prazer.

Eles são os Sensible Soccers e a esta é a AFG:


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Álbuns 2014 - Top 25

Muito difícil esta escolha.. Tal como 2013, 2014 foi um ano de muito bons álbuns.

Mas aqui vai:

1º - The War on Drugs - Lost in the Dream
2º - Beck - Morning Phase
3º - Caribou - Our Love
4º - The Legendary Tigerman - True
5º - Parquet Courts - Sumbating Animal
6º - Jungle - Jungle
7º - Sensible Soccers - 8
8º - Interpol - El Pintor
9º - Mão Morta - Pelo Meu Relógio São Horas de Matar
10º - Spoon - They Want my Soul
11º - Wild Beasts - Present Tense
12º - Temples - Sun Structures
13º - Sharon Van Etten -Are We There
14º - Leonard Cohen - Popular Problems
15º - Jack White - Lazaretto
16º - St. Vincent - St. Vincent
17º - La Roux - Trouble in Paradise
18º - The Horrors - Luminous 
19º - Pulled Apart by Horses - Blood
20º - Damon Albarn - Everyday Robots
21º - The Drums - Encyclopedia
22º - Thurston Moore - The Best Day
23º - Johnny Marr - Playland
24º - Xutos & Pontapés - Puro
25º - Morrissey - World Peace is None of Your Business

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Concertos 2014 - Top 10 + 1

Ontem assisti ao último concerto do ano (acho eu) e como tal, já estou em condições de fazer o meu Top.
2014 trouxe muita coisa boa. De ano para ano vejo concertos mais grandiosos.
É sempre difícil fazer Top's.. este teve de ter o mais 1, seria injusta se não o fizesse.

Aqui vai ele:

1º - The Rolling Stones - Rock in Rio 
2º - Arcade Fire - Rock in Rio
3º - Tame Impala - Super Bock Super Rock
4º - Parquet Courts - Nós Alive
5º - Artic Monkeys - Nós Alive
6º - King Gizzard & the Lizard Wizzard - Vodafone Mexefest
7º - Pulled Apart by Horses - Super Bock Super Rock
8º - Noiserv - São Luiz
9º - Moullinex - CCB
10º - Silence 4 - Pavilhão Atlântico

+ 1 Foals - Super Bock Super Rock

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Resistência - Tivoli

Na quarta foi dia de Resistência no Teatro Tivoli.

No intuito de mostrarem o novo álbum que saiu em Novembro - Horizonte, encheram o teatro e aqueceram a noite.
Embora tenha sido um concerto bastante cuidado no trabalho com guitarras, com uma produção musical extraordinária, já vi concertos melhores deles..
Houve 1 música nova que não estava assim tão bem na versão Resistência e outras surpreendentemente boas.
Houve 2 encores, o público não se cansava de pedir mais. Mas no 2º encore houve algo completamente desnecessário: a repetição de uma música já tocada no concerto.
Costumo aceitar estas situações quando o grupo tem apenas 1 álbum e nos encores depois tem de repetir alguma coisa. Numa banda com dezenas de anos e músicas não digiro muito bem este tipo de situação.. Principalmente porque aquela que foi repetida foi, na minha opinião, a versão que resultou menos bem.

Apesar de tudo, estes 11 senhores (grandes e importantes nomes da música portuguesa) mostraram-se com uma grande garra e com uma enorme vontade de fazer o que melhor sabem - tocar.
É sempre bom ver Resistência e recordar músicas emblemáticas e, por vezes, esquecidas do reportório musical português.





terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Noiserv - São Luiz

Hoje foi dia de Noiserv.
Tirando festivais, acho que foi a primeira vez que vi um concerto à tarde.
Mas como o David (Noiserv) disse no início e no fim do concerto: "Concertos à tarde é fixe".

Começo por contar a minha relação com Noiserv. Já ouvia este nome há algum tempo.. sem ligar. Um dia, vi uma reportagem onde ele falava de como fazia a sua música e mostrava os seus instrumentos.. Fiquei intrigada e comecei a ouvir. Hoje, finalmente tive a oportunidade de o ver e sentir a sua música. Posso dizer que, embora a reportagem tivesse sido clara, não contava com tão grandioso espectáculo.

Este rapaz, de nome David, é um Génio. Posso afirmá-lo as vezes que forem precisas.
Tudo parecia um conto de encantar.. O cenário, a música, as letras, a voz..
É incrível o trabalho que ele faz sozinho com uma série de instrumentos e objectos que produzem som. A maneira poética como conjuga tudo faz de um concerto cheio de simplicidade, um concerto grandioso e da maior complexidade possível.
Este rapaz é muito inteligente. Inteligente no puro sentido da palavra, Inteligente emocionalmente e Inteligente musicalmente.
Acrescento também que a voz dele tem um poder inexplicável.
No intervalo das músicas partilhou connosco histórias e lições de vida.
Cada música tem uma explicação e um sentimento e, ao tocá-las, encaixavam na perfeição com o sentido emocional pretendido.

As palavras Bonito, Simples e Magestoso descrevem da melhor maneira este concerto.

Noiserv apresentou-se ao mundo em 2005, lançou 2 EP's, 2 álbuns e 2 singles. O último álbum saiu no ano passado e intitula-se de Almost Visible Orchestra, posso garantir que está bastante delicioso.

Aconselho todos a irem ver este espectáculo. É um ciclo de concertos que começou hoje e dura até domingo, todos os dias.. Já não há muitos bilhetes, podem encontrá-los aqui (há imensos descontos):


https://saoluiz.bilheteiraonline.pt/Comprar/Bilhetes/22056-noiserv-sao_luiz_teatro_municipal/Sessoes

Eu própria estou tentada a ir outra vez.




Obrigada Noiserv!



segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Ruen Brothers

Começo a semana com blues rock e trago uns irmãos de Inglaterra (North Lincolnshire’s).
Estes meninos são novos de idade e novos nas andanças da música, tendo aparecido em 2012.

São notórias as influências de Johnny Cash e Black Keys. 

Têm apenas um álbum que vale muito a pena ouvir. A voz tem o tom perfeito para o rock'n'roll e a construção musical, a adaptabilidade sábia que a limitação duma dupla consegue.







quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

The Organ

Normalmente tenho o Canada em boa conta em relação a qualidade sonora e aqui está mais uma prova disso.
The Organ formou-se em 2001 e é uma banda composta por 5 meninas. Têm apenas um álbum, lançado em 2004 e 7 EP's, sendo que o último foi lançado em 2008. Já estão paradas há algum tempo :(.
Tocam um rock alternativo com ritmo e melancolia à mistura. O baixo é muito importante e a voz que mistura o grave com o sensível é o que dá relevo imediato na primeira audição. Faz-me lembrar a voz da Dolores O'Riorden, mas só as vezes.



terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Slaves

Os Slaves são uns meninos novos no mercado.
A banda formou-se na Califórnia e é constituída por 4 elementos + 2 que os acompanham em estrada.
Tocam um rock experimental, meio garagem meio punk. Têm um som bastante apelativo, cheio de garra e poder. Têm uns efeitos de arrastamento engraçados e uma voz que se enquadra na perfeição.
Têm um álbum lançado neste ano - Through Art We Are All Equals.

Aqui estão:




Effusus

Para contentamento de muitos, a Covilhã finalmente tem um bar de rock.
Chama-se Effusus e fica na rua da Saudade, onde era o antigo Biri Night. Com uma decoração agradável, concertos ao sábado e quarta e DJ's nos outros dias, este bar proporciona a todos os amantes do estilo uma noite de bom ambiente, com música de fundo agradável ao ouvido e preços acessíveis.
Aconselho todos a visitarem o espaço. Espero também que se aguente.

http://www.effusus.pt/

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Moullinex

Conheci os Moullinex no ano passado, ao fecharem o Mexefest.
Foi amor à primeira onda sonora. A partir dai comecei a segui-los. Vi um concerto extraordinário no CCB, que vou incluir no top dos melhores do ano e ontem fui deliciar-me ao Music Box, que os convidou para a comemoração do seu 8º aniversário.

Assisti novamente a um concerto simplesmente magnífico e delicioso. Embora tenham tocado cerca de 1h, começaram com a minha música preferida - Tear Club, acabaram com a mais conhecida - Take my Pain Away,  voltaram para um encore de 1 música Lado B e deram-nos a conhecer uma música nova que nunca tinham tocado ao vivo (o resultado foi muito bom, tanto para nós como para eles).

Os Moullinex formaram-se em 2007 e são o Luís Clara Gomes, o Miguel Vilhena (também toca nos Savanna) e o Bruno Cardoso (Xinobi). Têm 1 álbum de originais, 3 EP's e 5 Singles, sendo o último editado este ano - Love Magnetic.
Contam com parcerias com Peaches, Best Youth, Dominika Babis, entre outros.
Estes senhores são donos de um grande reconhecimento internacional, tendo já percorrido mundo e meio a dar concertos e espero que, também em Portugal, lhes seja dado o devido valor e a importância que merecem.

Uma das coisas que mais me agrada, para além da música que fazem, é o facto de estarem constantemente em rotação no palco, vão trocando de instrumentos uns com os outros e todos tocam um bocadinho de tudo e sabem fazer tudo surpreendentemente bem.
Isto é raro encontrar numa banda e para mim é sinónimo de grande qualidade musical tanto individualmente como enquanto banda.
Só me lembro de outra banda que o faz - Arcade Fire (e também não é preciso falar da qualidade deles).

Quem nunca os viu, aconselho vivamente a fazê-lo e mais que uma vez.

A Tear Club:

A nova:



E a Take My Pain Away:




quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

20 000 Days on Earth

Ontem desloquei-me ao Cinema Nimas, para ver o filme do Nick Cave - 20 000 Days on Earth.
Foram 95 minutos muito  bem passados. O filme retrata alguns aspectos da vida dele, tanto pessoal como musical.
Está cheio de emoções, fantasias, medos, histórias e memórias.
Vale muito a pena ver, principalmente ver um filme de um artista interpretado pelo próprio artista. Coisa que é rara, normalmente só aparecem filmes e documentários após a pessoa deixar de existir.
Não sei até quando lá vai estar, mas quem puder e goste veja.

http://medeiafilmes.com/filmes/ver/filme/20-000-dias-na-terra/modo/proximasestreias/


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Vodafone Mexefest

E chegaram ao fim os festivais de 2014 :(

Dia 28, comecei a noite com os Old Yellow Jack e foi uma agradável surpresa.
Um grupo de 4 miúdos com notório gosto por rock. Embora a qualidade do som estivesse fraca, com a voz a ouvir-se muito ao de leve e ao de longe conseguiram dar um concerto cheio de garra e energia. Formaram-se em 2011 e lançam o 1º EP no início de 2015.

De seguida fui visitar as madrilenas Deers. Confesso que estava com  expectativas altas em relação a elas. Esperava mais força, mais punk rock e menos histerismo e euforia. Tiveram um início de concerto bastante fraco, as vozes mal se ouviam, o som não tinha poder.. Foram subindo a força ao longo do tempo e tornou-se um concerto agradável, mas longe de ser espectacular.

Os Tune-Yards eram a seguir no horário. Foi um concerto que desde cedo pensei em ver mas sem grande fé de que fosse gostar. Trocaram-me as voltas todas! A percussão faz toda a diferença. Os ritmos dançáveis, meio africanos juntamente com os graves saídos daquelas bocas mágicas fizeram com que não me arrependesse de la ter ido e deixaram o Coliseu a abanar o rabo com um sorriso nos lábios. Muito poder este grupo, muito poder.

Seguiu-se a banda que mais gostei de ver no festival - King Gizzard and the Lizzard Wizard.
À medida que os fui ouvindo em casa, fui ganhando certezas de que não os queria perder. Pois é, estes meninos revelaram-se simplesmente fantásticos. Ao vivo são 50x melhores que em estúdio e decidiram entrar a rasgar, com uma malha de guitarradas e um som super potente, forte, consistente e com muita qualidade, acompanhado por uma excelente postura em palco.
Espero ansiosamente poder vê-los em breve e durante muito mais tempo.

Para terminar a noite veio a diva. Embora não tenha apreciado muito o último álbum, devido ao excessivo teor electrónico, em palco resultou lindamente. St. Vincent deu um concerto fabuloso, entre dicas meio poéticas, meio loucas, entre andar a desfilar e fazer-se deslizar por pequenos degraus que estavam em cima do palco, cantou e encantou como só ela sabe fazer. Dona de uma voz extremamente poderosa, Annie deu um concerto genial onde apresentou quase o último disco todo.

O dia 29 começou novamente com rock feito em Portugal. Os Savanna são novos no campo musical e deliciaram quem se deslocou ao São Jorge. Puro rock feito com muita energia e garra, letras poéticas e som limpo.

Entretanto desci a rua para apreciar o Sr Curtis Harding num pano de fundo dos melhores do festival.
Este Sr trouxe ritmos de soul e de  blues com uma guitarrada rock à mistura, deu para mexer os pés e para variar nas sonoridades. Tem uma boa postura.

O Coliseu abriu a noite com Sharon Van Etten, este concerto confirmou a minha ideia de que seria preferível um concerto intimista numa sala mais pequena com cadeiras. A simplicidade da sua música encanta e embala.. A simpatia também conquistou o público. Apresentou o álbum que saiu este ano e ainda tocou umas coisas novas.

Chega a hora da desilusão.. Os Sensible Soccers são uma banda que andava à rasca para ver e após um par de músicas o som vai a vida.. :(  e fico-me por aqui.

Seguem-se os grandes Palma Violets, que têm uma entrada em palco muito parecida a King Gizzard, rock apunkalhado puro, entram a rasgar e assim se mantiveram.. Já precisava duma malha daquelas naquela altura da noite. Ganharam o 2º lugar do festival :)

Para terminar em grande vieram os Wild Beasts. donos de uma voz única que encaixa na perfeição com o estilo de música. Este concerto foi muito emotivo e cheio de sensações boas. Eles sabem o que fazem e garanto que foi muito melhor que no RIR este ano.